
Em 2025, para preencher a declaração Modelo 3 do IRS, é obrigatório anexar os formulários complementares — os chamados Anexos do IRS — conforme o tipo de rendimento, deduções, benefícios fiscais ou outras obrigações declarativas.
Estes são os principais anexos e como os deve preencher:
Anexo | Finalidade |
---|---|
Anexo A | Rendimentos de trabalho por conta de outrem ou pensões |
Anexo B | Rendimentos empresariais e profissionais no regime simplificado |
Anexo C | Rendimentos de contabilidade organizada |
Anexo D | Rendimentos imputáveis de entidades transparentes |
Anexo E | Rendimentos de capitais |
Anexo F | Rendimentos prediais |
Anexo G | Mais-valias e outros incrementos patrimoniais |
Anexo H | Benefícios fiscais e deduções à coleta |
Anexo J | Rendimentos obtidos no estrangeiro |
Anexo L | Rendimentos de residentes não habituais |
Anexo SS | Declaração de obrigação contributiva à Segurança Social (trabalhadores independentes) |
Como preencher corretamente?
Cada anexo exige dados diferentes e deve respeitar regras específicas: identificação do contribuinte, origem dos rendimentos, deduções aplicáveis, regime fiscal e validade documental. O preenchimento errado pode gerar coimas automáticas ou perda de benefícios fiscais.
Na CRN, tratamos de todo o preenchimento técnico, conferência de documentos e submissão à AT, com segurança jurídica e sem riscos de erros.
Entre em contacto connosco via WhatsApp e evite surpresas no seu IRS.
Como evitar erros ao preencher os Anexos do IRS?
Depois de compreender o que é cada anexo do IRS e a sua função, é fundamental aprofundar os principais cuidados que deve ter no preenchimento de cada um deles. A seguir, exploramos:
- Os erros mais comuns
- Obrigações legais de comprovação
- Tratamento de rendimentos mistos
- Dicas avançadas para contribuintes com atividades empresariais ou rendimentos do estrangeiro
Erros mais comuns no preenchimento dos anexos
O preenchimento dos anexos pode ser simples ou tornar-se um verdadeiro risco fiscal se não forem observadas as regras definidas pela Autoridade Tributária. Estes são os erros mais frequentes que observamos nos nossos clientes:
Anexo A (Trabalho dependente):
- Indicar valores de forma diferente dos que constam nas declarações de rendimentos emitidas pelas entidades patronais
- Não declarar subsídios isentos corretamente (como subsídio de refeição em determinados limites)
Anexo B (Regime simplificado):
- Não atualizar os coeficientes corretos de rendimento tributável
- Erros ao preencher os campos de rendimentos obtidos no estrangeiro
- Ignorar despesas obrigatórias que reduzem a base tributável
Anexo C (Contabilidade organizada):
- Omissão de ativos depreciáveis
- Lançamentos incorretos ou incompletos dos mapas contabilísticos obrigatórios
- Falta de harmonização com os livros de registo
Anexo E (Capitais):
- Não declarar rendimentos de aplicações financeiras obtidos fora de Portugal
- Desconsiderar retenções na fonte estrangeiras passíveis de dedução
- Não aplicar o regime opcional de englobamento de forma informada
Anexo G (Mais-valias):
- Esquecer-se da reavaliação do valor de aquisição para imóveis detidos há mais de 2 anos
- Não comprovar despesas de valorização do imóvel
- Declarar venda de imóveis com datas erradas ou sem correspondência com os registos do registo predial
Que documentos devo guardar para comprovar os dados?
A Autoridade Tributária pode solicitar prova dos valores declarados até 4 anos após a entrega da declaração. Eis os principais documentos que recomendamos manter organizados:
Tipo de Documento | Validade para Fiscalização |
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Faturas e recibos de despesas dedutíveis | 4 anos |
Mapas contabilísticos (para contabilidade) | 10 anos |
Contratos de arrendamento ou venda | 4 anos após a operação |
Declarações de rendimentos do estrangeiro | 4 anos |
Certificados de retenção na fonte | 4 anos |
Como tratar rendimentos mistos?
É comum encontrarmos casos em que um contribuinte tem:
- Trabalho por conta de outrem (Anexo A)
- Atividade independente (Anexo B ou C)
- Rendimentos prediais (Anexo F)
- Rendimentos no estrangeiro (Anexo J)
Nestes casos, é obrigatório preencher todos os anexos relevantes dentro da mesma declaração de IRS, respeitando as instruções de cada anexo e garantindo que os cruzamentos automáticos da AT são coerentes.
Despesas dedutíveis por anexo (tabela resumo)
Anexo | Tipos de despesas dedutíveis (quando aplicável) |
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A | Nenhuma (despesas são consideradas na dedução à coleta, não no anexo) |
B | 10% a 35% de despesas presumidas ou reais, dependendo do CAE |
C | Todas as despesas contabilizadas e registadas com suporte documental |
F | IMI, obras, condomínio, taxas de saneamento |
G | Custos de aquisição e valorização dos bens, encargos com escrituras |
Posso optar por englobamento em todos os anexos?
Nem sempre. A opção pelo englobamento aplica-se a rendimentos que podem ser tributados de forma separada (taxação autónoma) ou integrados na taxa progressiva. É o caso de:
- Rendimentos de capitais (Anexo E)
- Rendimentos prediais (Anexo F)
- Mais-valias (Anexo G)
- Rendimentos obtidos no estrangeiro (Anexo J)
Se optar pelo englobamento, deve assinalar o campo correspondente no respetivo anexo. Esta opção pode beneficiar contribuintes com baixos rendimentos globais, reduzindo a carga fiscal final.
Novidades no preenchimento dos Anexos
Atualmente, a Autoridade Tributária introduziu ajustes nos seguintes pontos:
- Validação automática de retenções declaradas no Anexo J
- Atualização dos coeficientes do regime simplificado (Anexo B)
- Campo obrigatório para englobamento de mais-valias criptoativos no Anexo G
- Novo campo de isenção temporária para rendimentos de patentes no Anexo E
Exemplos práticos: como o apoio contabilístico evita erros
Já acompanhámos casos em que clientes declararam imóveis vendidos no Anexo G com base apenas em valores de mercado estimados, sem consultar registos de aquisição. Isso gerou liquidações com mais de 8 mil euros de diferença para a AT.
Com apoio da CRN Contabilidade, o mesmo cliente corrigiu os dados antes da notificação final, economizando quase 7.300 euros após validação do histórico de aquisição e comprovação de obras dedutíveis.
Benefícios de preencher corretamente os anexos
- Redução de coimas e penalizações por erros ou omissões
- Possibilidade de deduções maiores e reembolsos mais elevados
- Mais segurança em caso de inspeção fiscal
- Correta tributação de rendimentos em Portugal e no estrangeiro
- Cumprimento das obrigações legais dentro do prazo
Quanto custa o apoio profissional?
Os preços médios para apoio na declaração de IRS com preenchimento completo dos anexos variam em 2025:
Tipo de Serviço | Preço aproximado |
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Preenchimento simples (Anexos A + H) | 30€ a 50€ |
Com atividade independente (Anexo B) | 60€ a 90€ |
Com mais-valias e estrangeiro (Anexos G/J) | 90€ a 150€ |
Consultoria e revisão fiscal completa | 100€ a 250€ |
Recomendações finais
Se há algo que aprendemos como contabilistas é que uma declaração de IRS mal preenchida não é só um erro — é uma porta aberta a problemas futuros com a Autoridade Tributária.
Os anexos são a espinha dorsal de uma declaração bem-sucedida. Cada linha, cada campo, tem impacto direto na tributação e até na atribuição de benefícios fiscais.
Na CRN Contabilidade, ajudamos os nossos clientes a preencher com exatidão, garantir deduções corretas e evitar surpresas desagradáveis. Trabalhamos com pequenas empresas, trabalhadores independentes, rendimentos do estrangeiro e mais-valias complexas. Entre em contacto connosco através do nosso site e confie a sua declaração a quem trata deste assunto todos os dias.